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"O Regresso", de Kristin Hannah, é um romance que segue Michael e Jolene, um casal cuja relação está à beira do divórcio após doze anos de casamento. As suas vidas mudam drasticamente quando Jolene, piloto de helicóptero do exército, é enviada para uma missão militar no Iraque, deixando Michael responsável por cuidar de uma criança e de uma pré-adolescente em casa. Essa separação forçada e os perigos da guerra irão intensificar a distância emocional entre eles. Por um lado, Jolene enfrenta os horrores da guerra, e, por outro, Michael luta com as novas responsabilidades e a ansiedade constante. Mas é a volta de Jolene que marca o início de uma nova batalha: a de superar os traumas da guerra e reconstruir a sua família.
Kristin Hannah explora temas como trauma, resiliência, amor e perdão, e, apesar dos temas pesados, a escrita de Hannah é cativante e fluida, com descrições vívidas e uma narrativa que prende a atenção do leitor do início ao fim.
Em resumo, "O Regresso" é uma leitura que não só entretém, mas também enriquece, oferecendo uma visão tocante e inspiradora sobre os desafios e a beleza da vida e do amor, e que mais uma vez confirma o poder de Kristin Hannah em contar histórias emocionantes.
Kristian Hannah já me consquistou, primeiro com O Rouxinol, agora com esta grande história. As personagens e o cenário estão tão bem construidos que consegui visualizar e sentir tudo.
Na minha humilde opinião, esta capacidade de escrita de Kristin não é fácil de encontrar, uma vez que só alguns conseguem gerar uma envolvência tal que queremos ler tudo de uma assentada. E li - de manhã no carro, antes de ir para o trabalho, depois do almoço, antes de voltar para o trabalho, à tarde, depois de regressar do trabalho, e à noite, depois do jantar feito pelo marido.
Estive totalmente ausente para a vida, alheada de tudo e de todos e, para ser sincera, foi difícil, em certos momentos, deixar o livro fechado. É este o poder das grandes histórias, não acham?
É certo que é mais uma história, mas está tão bem contada que demorei algum tempo a pegar noutro livro. Não é que sentisse que precisava de saber mais sobre as personagens, nada disso, apenas fiquei completamente agarrada à Leni. Estive do lado dela, desde os 13 anos até à idade adulta, e entendi todas as dores de crescimento e todos os sentimentos relativamente ao que se passava à sua volta.
Leni tinha medo de ficar e tinha medo de sair. Era estranho - estúpido até -, mas muitas vezes sentia-se a única adulta da família, como se fosse o lastro que mantinha o instável barco Albright equilibrado.
A Grande Solidão é como chamam ao Alasca, esse lugar que tem tanto de belo como de selvagem e perigoso, e onde as noites não têm fim durante o Inverno.
Sobreviver ao Inverno é importante e Leni e Cora têm de aprender a viver e a serem fortes, unindo-as o amor incondicional entre mãe e filha. E os verdadeiros amigos alasquianos vão ajudar e trocam bens e alimentos de forma a terem comida suficiente.
Este estado, este lugar, não tem igual. É beleza e horror; salvador e destruidor. Aqui, onde a sobrevivência é uma escolha que tem de ser feita e refeita, no lugar mais selvagem da América, na fronteira da civilização, onde a água, em todas as suas formas nos pode matar, aprendemos quem somos. Não quem sonhamos ser, não quem imaginamos ser; não quem fomos criados para ser. Tudo isso será desvastado nos meses de escuridão gelada, quando o gelo nas janelas nos turva a vista, o mundo fica mais pequeno e tropeçamos na verdade da nossa existência. Aprendemos o que devemos fazer para sobreviver.
O maior perigo está perto delas e é irritante (muito) e é assustador.
Há paixões que fazem mal.
Espero que gostem de ler. Histórias como esta são um vício. Que livro, que livro!
Acho que vou querer ler todos os livros desta autora.
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