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O quinto pescador, José Rodrigues

por editepf, em 24.06.24

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"O Quinto Pescador" é o sexto livro do autor e tem recebido muita atenção nas redes sociais. Como não vejo vídeos nem leio críticas ou opiniões antes de ler, embarquei nesta leitura sem bagagem nenhuma que pudesse influenciar o meu pensamento ou as emoções. Porque quando leio que choraram muito com determinada história, geralmente, não tenho a mesma reação.  E porque dão spoilers e isso aborrece-me.Portanto, nada sabia, nada conhecia, nem sequer o autor, e o que escrevo são as impressões pessoais que surgiram durante a sua leitura.

Quanto ao cenário escolhido pelo autor, uma aldeia costeira, tranquila e acolhedora, é o cenário perfeito para esta jornada de cura e para novas amizades e reconexões emocionais. Afinal, há sempre uma Esperança, mesmo nos sítios mais improváveis.

Francisco é o personagem principal que procura o isolamento nessa aldeia mas, Pedro e Rafa, surgem como faróis no seu caminho, num momento em que a luta interna de Francisco é intensa, dolorosa e de difícil aceitação.  

Parece que tudo sabe a pouco e a nada e a tanto me faz.

Já nas conversas silenciosas de Francisco com a estátua na falésia, altura em que a alma do protagonista se desnuda, há uma espécie de introspeção. São conversas sem resposta, é certo, mas nesse momento Francisco toma consciência dos seus pensamentos mais escuros e também dos mais felizes. 

A destacar, ainda, ao longo desta história, as várias fotos a preto e branco de Sara Augusto, com o mar, as árvores e as flores, que, a meu ver, são mais que imagens, são haikus visuais que capturam a solidão e a melancolia do protagonista. 

Apesar de não ser, atualmente, o meu género de livro, as personagens têm uma simplicidade e uma autenticidade que espelham uma vivência de vida tal como a conhecemos, umas vezes dura e difícil, outras com perspectivas de melhores dias.

Esta é uma leitura com uma mensagem importante para os leitores que precisam de voltar a olhar para a vida com um sorriso. Afinal, há mesmo Esperança nos sítios mais improváveis!

 




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