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"O Quinto Pescador" é o sexto livro do autor e tem recebido muita atenção nas redes sociais. Como não vejo vídeos nem leio críticas ou opiniões antes de ler, embarquei nesta leitura sem bagagem nenhuma que pudesse influenciar o meu pensamento ou as emoções. Porque quando leio que choraram muito com determinada história, geralmente, não tenho a mesma reação. E porque dão spoilers e isso aborrece-me.Portanto, nada sabia, nada conhecia, nem sequer o autor, e o que escrevo são as impressões pessoais que surgiram durante a sua leitura.
Quanto ao cenário escolhido pelo autor, uma aldeia costeira, tranquila e acolhedora, é o cenário perfeito para esta jornada de cura e para novas amizades e reconexões emocionais. Afinal, há sempre uma Esperança, mesmo nos sítios mais improváveis.
Francisco é o personagem principal que procura o isolamento nessa aldeia mas, Pedro e Rafa, surgem como faróis no seu caminho, num momento em que a luta interna de Francisco é intensa, dolorosa e de difícil aceitação.
Parece que tudo sabe a pouco e a nada e a tanto me faz.
Já nas conversas silenciosas de Francisco com a estátua na falésia, altura em que a alma do protagonista se desnuda, há uma espécie de introspeção. São conversas sem resposta, é certo, mas nesse momento Francisco toma consciência dos seus pensamentos mais escuros e também dos mais felizes.
A destacar, ainda, ao longo desta história, as várias fotos a preto e branco de Sara Augusto, com o mar, as árvores e as flores, que, a meu ver, são mais que imagens, são haikus visuais que capturam a solidão e a melancolia do protagonista.
Apesar de não ser, atualmente, o meu género de livro, as personagens têm uma simplicidade e uma autenticidade que espelham uma vivência de vida tal como a conhecemos, umas vezes dura e difícil, outras com perspectivas de melhores dias.
Esta é uma leitura com uma mensagem importante para os leitores que precisam de voltar a olhar para a vida com um sorriso. Afinal, há mesmo Esperança nos sítios mais improváveis!
"O Regresso", de Kristin Hannah, é um romance que segue Michael e Jolene, um casal cuja relação está à beira do divórcio após doze anos de casamento. As suas vidas mudam drasticamente quando Jolene, piloto de helicóptero do exército, é enviada para uma missão militar no Iraque, deixando Michael responsável por cuidar de uma criança e de uma pré-adolescente em casa. Essa separação forçada e os perigos da guerra irão intensificar a distância emocional entre eles. Por um lado, Jolene enfrenta os horrores da guerra, e, por outro, Michael luta com as novas responsabilidades e a ansiedade constante. Mas é a volta de Jolene que marca o início de uma nova batalha: a de superar os traumas da guerra e reconstruir a sua família.
Kristin Hannah explora temas como trauma, resiliência, amor e perdão, e, apesar dos temas pesados, a escrita de Hannah é cativante e fluida, com descrições vívidas e uma narrativa que prende a atenção do leitor do início ao fim.
Em resumo, "O Regresso" é uma leitura que não só entretém, mas também enriquece, oferecendo uma visão tocante e inspiradora sobre os desafios e a beleza da vida e do amor, e que mais uma vez confirma o poder de Kristin Hannah em contar histórias emocionantes.