Layout - Gaffe
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Isabel vive numa pequena aldeia no Alentejo onde todos se conhecem e todos sabem da vida uns dos outros. O seu passatempo favorito consiste em passear pelo cemitério e tentar saber algo mais sobre as histórias das pessoas que já partiram. Porém, quando se depara com a campa de Eulália e faz perguntas a sua atenção desperta uma vez que é uma mulher que todos parecem não querer falar.
Esta é a premissa da história e o que me cativou desde o início foi a existência de um segredo familiar. A curiosidade e a estrutura da narrativa assim como a escrita da autora contribuiram para que esta leitura fosse fácil e fluída. Gostei imenso disso.
Por outro lado, gostei, ainda, da forma como a autora aborda questões relacionadas com a própria natureza humana, onde o lado mau e os podres da sociedade vêem ao de cima. Ou quase, porque a impunidade é o que sabemos hoje em dia.
Em relação às personagens foram bem desenvolvidas mas a riqueza desta história reside, na minha opinião, nas suas emoções, na injustiça que vivem e num mistério no passado.
Quanto ao final, tive a oportunidade de conhecer a autora recentemente e claro que quis saber se o final em aberto daria origem a um novo livro. Mas não.
Também fiquei a saber um detalhe que me passou despercebido e é claro que só contarei por mensagem se tiverem lido o livro primeiro.
No geral, é um livro tocante e inspirador que se lê num ápice e que recomendo.
Já leram?