Layout - Gaffe
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Uma capa linda. Uma história dentro de várias histórias que decorrem, no século XIII, na China medieval.
Encontrei semelhanças com «Peito Grande, Ancas Largas», de Mo Yan, pois descreve, igualmente, a pobreza, a miséria e a crueldade de que o homem é capaz. Nesse aspeto, não me trouxe nada de novo. Porém, achei chocante a descrição da castração de um menino que, se sobrevivesse, se iria tornar eunuco do imperador e melhorar as condições de vida da sua família (Infelizmente, ainda continuam a existir costumes estranhos e chocantes por esse mundo fora).
Mesmo tendo lido sobre os costumes e cultura chinesa, é um livro que prende e, ainda, surpreende.A escrita de António Garrido consegue aligeirar certos aspetos "sombrios" e cativar o leitor. A história tem muita ação e os pormenores criminais que relata foram retirados dos verdadeiros livros de Cí.
Em suma, este é um romance histórico-ficional que gostei muito e que recomendo.
Cí olhou com carinho para o seu velho mestre.
- Uma vez Íris Azul disse-me que Feng conhecia infinitas formas de morrer. E se calhar era verdade. Talvez haja infinitas formas de morrer. Mas do que tenho a certeza é que só existe uma forma de viver.
Sinopse:Na antiga China, só os juízes mais sagazes atingiam o cobiçado título de «leitores de cadáveres», uma elite de legistas encarregados de punir todos os crimes, por mais irresolúveis que parecessem. Cí Song foi o primeiro. Inspirado numa personagem real, "O Leitor de Cadáveres" conta a história fascinante de um jovem de origem humilde que, com paixão e determinação, passa de coveiro nos Campos da Morte de Lin’an a discípulo da prestigiada Academia Ming. Aí, invejado pelos seus métodos pioneiros e perseguido pela justiça, desperta a curiosidade do próprio imperador, que o convoca para investigar os crimes atrozes que ameaçam aniquilar a corte imperial. Um thriller histórico absorvente, minuciosamente documentado, onde a ambição e o ódio andam de mãos dadas com o amor e a morte, na exótica e faustosa China medieval.