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Experiências de quase morte

Estou viva, estou viva, estou viva, de Maggie O´Farrell

por editepf, em 20.03.23

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«Quando és criança, ninguém te diz: vais morrer. Tens de descobrir isso por ti. Algumas pistas são: a tua mãe a chorar e, depois, a fingir que não estava a chorar; não deixarem os teus irmãos virem visitar-te; a expressão de preocupação, gravidade e um certo fascínio com que os médicos olham para ti; a maneira como as enfermeiras se esforçam por não te olharem nos olhos; familiares que vêm de muito longe para te verem. Quartos de hospital isolados, procedimentos médicos invasivos e grupos de estudantes de Medicina também são sinais claros. Ver ainda: presentes muito bons.»

Uma doença na infância que deveria ter sido fatal, uma fuga em adolescente que quase termina em desastre, um encontro assustador num caminho isolado, um parto arriscado num hospital com falta de pessoal - estes são apenas quatro dos dezassete encontros com a morte que Maggie O’Farrell, autora multipremiada e uma das vozes mais interessantes da literatura atual, relata na primeira pessoa. São histórias verdadeiras e fascinantes que impressionam, comovem, arrepiam e, sobretudo, nos fazem recordar que devemos parar, respirar fundo e ouvir o bater do coração.

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Opinião:  

Já há muito tempo que queria ler este livro de não ficção, mas só recentemente consegui encontrar o livro na Biblioteca Municipal. Neste conjunto de 17 pequenos textos a autora conta momentos em que a sua vida esteve em risco sempre associado a uma parte do corpo ( coração, cabeça, pescoço, etc). São momentos de alguma preocupação, no entanto, não senti que me estivesse a preocupar muito. Talvez porque a escrita desta autora é simplesmente maravilhosa e cativante. Talvez porque cada história está muito bem contada. Ou talvez porque só me apercebi de que se tratava de não ficção depois de pesquisar sobre o livro e a autora. São muitos talvez, é certo, e creio que a vida também é assim, um conjunto de talvez em que esperamos sobreviver ao dia a dia, aos problemas, mas talvez ainda não seja hoje o dia em que estava destinado a morrer.

Deixo a nota das dúvidas que assolaram o meu pensamento (se bem que que gostei imenso de ler).





2 comentários

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De sweet a 22.03.2023 às 09:08

adoro a capa e estou para ler há já algum tempo 

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