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SINOPSE: Aqui

 

OPINIÃO:

Este livro foi-me enviado pela Porto Editora no ano passado, o que desde já agradeço. É com satisfação que o recebo, pois é uma oportunidade para ler mais thrillers e para conhecer novos autores suecos. Em geral, devo dizer que aprecio muito a forma como os suecos escrevem sobre crimes, bem como sobre toda a investigação que se segue.

Apesar dessa minha admiração, cada vez mais constato que nem todos vão de encontro ao que procuro. É claro que o grau de exigência vai aumentado à medida que vou lendo mais e mais livros, sendo que, em cada leitura, espero, no mínimo, alguma originalidade e, sobretudo, um final surpreendente.

Em Diz-Me Que És Minha, Norbäck, após ter sido mãe, decidiu escrever uma história sobre uma mãe que perde uma filha. Então, criou uma personagem cheia de medos, dúvidas e de ataques de ansiedade, ou seja, alguém com que qualquer mãe se poderá identificar. Essa personagem, chamada Stella Widstrand; uma psicoterapeuta, mãe de um rapaz de 13 anos, não esquece o desaparecimento da filha, ocorrido há 20 anos, o que a leva a educar o filho de forma a protegê-lo ao máximo.

Eis senão quando Isabella entra no seu consultório e Stella suspeita que poderá ser a sua filha Alice. E assim se inicia uma história em que tudo é posto em causa, incluindo a sanidade mental, pois, embora nunca tenha sido encontrado o corpo, todos, com exceção de Stella, acreditam que a filha morreu afogada no lago.

Durante a leitura, houve alguns momentos em que senti um certo afastamento relativamente à personagem Stella, pois esta transmitiu-me a ideia de que o mundo gira em torno dela. É certo que, além de Stella, também acompanhei a história, entre 1994 e os dias atuais, sob a perspetiva de Isabella e Kerstin, porém, considero que a dor de perder a filha e o sentimento de culpa não justificam algumas acções ou atitudes de Stella, aliás acreditei que enquanto psicoterapeuta estaria, ela própria, a precisar de tratamento.

"Eu sonhara com este dia. Fantasiara os acontecimentos. como me sentiria, o que diria. Não era suposto ser assim, e a dor supera as minhas piores expetativas".

Com a leitura de Diz-Me Que És Minha, fiquei presa a pensamentos e emoções que me foram sendo transmitidos pela Stella, pela Isabella e pela Kerstin, esperando, com algum nervoso miudinho, que o desfecho fosse a recompensa para tanto desgaste emocional. Embora não me tenha identificado com Stella, nem com qualquer outro personagem, considero tratar-se de um thriller interessante, perturbador, que se lê de uma assentada.

Classificação: 4/5*

 





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