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Ao reler "O Crime do Padre Amaro", de Eça de Queirós, surgiu uma enorme vontade de conhecer os locais que são referidos no romance e resolvi investigar, dando um passeio pelas ruas da cidade.
Ao fundo podem ver o castelo, sendo que a sua posição estratégica o torna visível independentemente do local, da cidade, onde estivermos.
Em dias de sol, é um passeio muito agradável. Recomendo.
Procurei a placa da Travessa da Tipografia e a minha intuição levou-me lá (pronto, admito que tive de recorrer ao telemóvel).
Eis senão quando, descubro a placa que assinala a casa...
É esta a casa onde Eça de Queiroz viveu quando chegou a Leiria em 1870. Tinha 25 anos quando assumiu o cargo de Administrador do Concelho de Leiria e, durante um ano, viveu no n.º 13 da Travessa da Tipografia.
No romance é descrita como a casa da D. Augusta Caminha, a quem chamavam São Joaneira, mas o escritor dá-lhe outro nome e outro número, curiosamente o n. º 9 da Rua da Misericórdia.
E digo curiosamente porque li algures que Eça era muito supersticioso e que não gostava de gatos pretos, pelo que ter de morar no n.º 13 não deve ter sido nada fácil.
Em baixo, está a porta por onde o jovem Eça passou. No entanto, está tudo degradado e sujo, o que é de lamentar.
Ao lado da Torre Sineira, foi construída a casa do sineiro, local onde ocorriam os encontros amorosos de Amaro e Amélia.
Por fim, a Sé de Leiria.
* fotografias tiradas com telemóvel.