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Muitas vezes me questionei como seria ter um negócio familiar como uma agência funerária. Não é fácil para nós lidar com a morte - nem com os mortos-, mas acredito que alguém tem de o fazer.

Aloja dos Tuvache poderia perfeitamente ser uma agência funerária, mas a família prefere fornecer as «ferramentas» a ter de lidar com as consequências desse seu empreendimento lucrativo.

Na loja dos suicídios o lema é: A sua vida foi um fracasso? Connosco, a sua morte será um sucesso!

Numa época indeterminada onde reina a depressão e a infelicidade geral, os clientes procuram conselhos para uma morte rápida, indolor ou (pasme-se) até económica.

Mishimae Lucrécia gerem o negócio. Vincent e Marilyn, filhos do casal, são os funcionários e tal como os pais têm um aspeto deprimido e uma obsessão emengendrar mortes violentas e em vender a morte aos clientes. Já o filho, Alan, espantosamente,é o elemento mais novo e o único que consegue ver o lado mais otimista dascoisas. Ele ri, ele dança, ele canta e consegue horrorizar os pais (contagiando-oscom a sua «doença») e levá-los a questionar sobre o futuro do seu negóciopróspero (ironicamente os clientes nunca têm um futuro e recebem, após a suacompra, um Adeus!).

Estas personagens irreais e a sua preocupação em satisfazer os clientes (que vão e não voltam e nunca reclamam!) são de um humor corrosivo, caústico e de carácter [falsamente]leviano.

Nofinal, num volte face inesperado, num «golpe de mestre» (altura em que nos vemà cabeça «What the F*»), ficamos a tentar perceber o que aconteceu...

Citação:«Quando o fizer na sala, ponha-se de joelhos para que, mesmo que a lâmina não entre emprofundidade…porque mesmo assim deve fazer impressão….se estiver de joelhos,cairá de barriga para baixo e isso espetará o sabre até ao punho. E quando osseus amigos o encontrarem, ficarão espantados! Não tem amigos?...Ora, o médico-legistaficará espantado e dirá:”Este não tinha a mão morta!”».

Pensamento: A canção de Rezső Seress e László Jávor"Gloomy Sunday" (aqui)”, é chamada de “AMúsica Húngara do Suicídio” por causa de sua ligação a uma onda de suicídios no século 20. 

 

Vejam um excerto do filme «Le magazin des Suicides»(aqui), no qual assistimos ao primeiro sorriso/riso de Alan para completo horror da sua família...


2 comentários

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De Marta Moura a 03.08.2016 às 11:01

Muito giro este livro. Gostei!
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De edite a 03.08.2016 às 20:23

Também gostei do livro, exceto da última frase...

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