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Sinopse: Forçados por uma trágica circunstância, Will Schwalbe e a mãe ficam longas horas em salas de espera de hospitais. Para passar o tempo, decidem falar dos livros que estão a ler. Através das suas leituras, percebemos o quanto os livros são reconfortantes, surpreendentes e maravilhosos.
Opinião: Adoro falar sobre livros, sobre leituras e trocar impressões sobre tudo o que aprendemos com eles (e ainda sobre a vida). Acho que andei demasiado tempo a adiar a leitura deste livro por considerar que se tratava de um tema pesado, porém, não poderia estar mais enganada dado que Mary Anne é uma pessoa única e corajosa.
Will Swalble é editor de livros e partilha com a mãe a paixão pela leitura. A partir do momento em que a mãe, Mary Anne tem de fazer tratamentos no hospital, uma vez que o cancro no pâncreas se generalizou, eles formam um clube de leitura muito especial e trocam livros que vão lendo.
“Ler não é o oposto de fazer, é o oposto de morrer”.
Mary Ann começava sempre um livro pelo fim, espreitando o seu final, porque para ela o que interessa é aproveitar o pouco tempo que lhe resta. Já o filho, que nem sempre concorda com as interpretações e gostos da mãe, tenta acompanhar e perceber melhor os seus pontos de vista. É ainda uma forma de a acompanhar nesta fase difícil e de conseguir falar de temas sensíveis como a morte, sempre através das leituras que fazem.
Este livro é sobretudo uma homenagem à memória da mãe, a essa mulher solidária, bondosa e sempre preocupada com os outros (e nem a doença a faz desistir de angariar fundos para a construção de uma biblioteca no Afeganistão).
Uma ode à vida vivida com sabedoria, à leitura, aos livros e aos laços que se criam pela troca de ideias e pensamentos.
“Os livros são as ferramentas mais poderosas do arsenal humano, que ler todo o tipo e livros seja em formato for- eletrónico, impresso ou audiolivro- é a melhor forma de entretenimento, bem como a maneira de tomarmos parte da conversa da humanidade”.
CLASSIFICAÇÃO:
Existe um livro com o título de Histórias de Ler e Comer (que nunca ouvi falar e que encontrei por acaso numa pesquisa no google) que poderá servir de mote (o título, claro) para o post de hoje.
À partida ler é uma atividade solitária, certo? No meu caso nem sempre, mas também. É que eu gosto mesmo de estar acompanhada de um petisco (sobretudo batatas fritas, shame on me), tais como pipocas, uma peça de fruta, um café ou um chá, dependo essa escolha da altura do ano.
Portanto, estava eu a dizer, que o tema são as histórias enquanto estamos a ler e a comer, e aposto que a vossa mãe, marido ou filho já vos chamou a atenção quando estão a ler durante o almoço ou ao jantar.
Esta atitude, além de ser encarada como falta educação, poderá não ser a melhor, numa altura em que temos de focar a nossa atenção no alimento. Pois. Não vou comentar.
O entretenimento que o livro nos proporciona é importante, porém, a conclusão que se retira -depois de uma pesquisa aturada e fundamentada na necessidade de escrever algo para o blog - é a de que os livros ficam com uma história para contar.
É muito fácil imaginar o que diriam os meus livros:
1- O d´Os Cinco -«Esta areia resulta daquela ida à praia quando tinhas 8 anos e uma folha ficou dobrada quando saiste para ir ao banho»;
2- Os de Agatha Christie- «Lembras-te que a investigação te deu nervos e que comeste um pêssego que manchou a folha em que ainda não sabias quem era culpado?»;
3-O d´ Amor em Tempos de Cólera-«Já te deves ter esquecido da dedicatória, que deverias considera-me o teu mais precioso tesouro, mas aos 15 anos resolveste deixar-me uma nódoa de chocolate».
Poderia continuar a contar todas as marcas que foram sendo deixadas nos meus livros, pois a mesmas são uma forma de arqueologia que me recorda esses momentos, as aventuras, as férias e os divertimentos.
Se gostarem dos livros direitinhos e bonitinhos na estante, esqueçam o que disse, mas não deixem de refletir sobre o seguinte:
"Ler é beber e comer. O espírito que não lê emagrece como o corpo que não come" (Victor Hugo).
Então, não é óbvia a conclusão de hoje?
Não? Pois, para mim, é óbvio que vou continuar a ler e a comer (ahahah).
Opinião: Este livro foi mencionado pela Maria do Rosário no Clube de Leitura Conversas Livrásticas. O tema, se a memória não me falha, era saúde mental. Achei o máximo a descrição da história e fiquei muito curiosa quando a certa altura ouvi que os loucos estavam todos no manicómio. A este propósito, lembro-me da minha professora de filosofia quando lançava a pergunta: Quem são os loucos? Serão todos os outros, aqueles que vivem no manicómio, ou os que ficam de fora?
Entretanto, numa ida à biblioteca, trouxe este livrinho que me fez recordar essas aulas de filosofia e uma constante necessidade de questionar o mundo em redor. Por vezes esqueço-me de o fazer. Outras, ouso refletir bem sobre o que estou a ver ou a ler. Acho que é preciso usar os olhos da alma e não os nossos sentidos, uma vez que estes não conseguem apreender essa dimensão reflexiva.
Resumindo um pouco a história, o Dr. Simão Bacamarte, médico psiquiatra ou alienista, depois de andar pela Europa vai para a cidade de Itaguí, no Brasil, onde acaba por se casar com uma viúva, que não era bonita, mas que lhe poderia vir a dar os filhos que desejava. Algum tempo depois, constroi um manicómio ou asilo na cidade. Chamou-lhe Casa Verde. A obsessão pelo trabalho é tão grande que aos seus olhos todos evidenciam sinais perante os quais o médico resolve internar um a um. Todos os que se vão cruzando o caminho são objeto de um teste para comprovar a sua teoria (completamente aleatória).
"A loucura, objeto dos meus estudos, era até agora uma ilha perdida no oceano da razão; começo a suspeitar que é um continente".
Este conto é uma forma muito "lúdica" de abordar um tema sensível: a forma como os médicos analisam os distúrbios psicológicos através das atitudes e comportamentos das pessoas.
"Simão Bacamarte refletiu ainda um instante, e disse:
- Suponho o espírito humano uma vasta concha, o meu fim, Sr. Soares, é ver se posso extrair a pérola, que é a razão; por outros termos, demarquemos definitivamente os limites da razão e da loucura. A razão é o perfeito equilíbrio de todas as faculdades; fora daí insânia, insânia e insânia".
Por outro lado, é utilizada uma dose de ironia na crítica a pessoas oportunistas, com o botânico Crispim Soares, bem como aos próprios políticos, com o barbeiro Porfírio. Numa sociedade de loucos, os poucos que se governam são os que têm interesses próprios (e nem esses serão poupados).
O primeiro contato que tive com o escritor foi com o livro D. Casmurro, uma leitura que partilhei convosco aqui. Tive uma boa impressão do autor e firmei a convição de que os seus livros não devem ser lidos "aos bocadinhos".Acho que desta feita aprendi bem a lição, pois li O alienista de uma assentada.
Um livro para ler e pensar. Uma alegoria ao ser humano e, sobretudo, ao que ele acredita ser a realidade.
CLASSIFICAÇÃO:
FUI QUESTIONADA POR UMA AMIGA sobre a possibilidade de lhe indicar alguns livros para ela ler. A meu ver, ela é uma leitora mais eclética e possui um gosto definido por obras clássicas ou por histórias que primem pela singularidade ou pela diferença.
Mas antes de escolher um livro, acho que é importante descobrir o tipo de literatura mais parecido com os nossos gostos e interesses atuais ou que se relacionem com a determinada fase da nossa vida. Um livro pode ser uma ótima companhia numa altura e não fazer sentido noutra. Por exemplo, nas férias quase todos os leitores preferem uma leitura mais levezinha, certo?
AQUELA PERGUNTA FICOU A AMADURECER e, em casa, lembrei-me dos testes que existiam nas revistas e que nos permitiam advinhar mais sobre a personalidade, uma paixão ou sobre variados assuntos que nos interessavam (e que nos faziam rir à brava).
Descobri o teste da Estante Blog e achei que era o mais próximo daqueles que eu fazia com as minhas amigas nos tempos de adolescência.
Sabendo de antemão de que se trata apenas uma brincadeira, resolvi fazer umas pequenas adaptações ao apresentado pela Estante Blog e colocar aqui para quem queira saber o seu género literário predominante.
O MEU É: SUSPENSE E POLICIAIS. E o vosso?
Querem experimentar? Pois bem, anotem as respostas num papel, somem os pontos e confiram o resultado final neste post e, sobretudo, divirtam-se!
1. O teu programa preferido durante uma viagem é:
a) Visitar museus e conhecer um pouco da história local.
b) Realizar atividades radicais. Sempre em busca de adrenalina!
c) Observar os costumes dos moradores locais.
d) Descobrir as lendas e mistérios por detrás de cada lugar visitado.
e) Conhecer pessoas e fazer amizades.
2. Acabaste de receber um prémio que consiste numa passagem para um destino à escolha. Para que lugar irias?
a) Ficaria na dúvida. Gostava de ir a vários sítios.
b) Qualquer destino na Europa. Gostaria DE conhecer mais sobre a história europeia e os seus antepassados.
c) Vaticano. O teu sonho é estar num local importante para o Catolicismo.
d) Itália: paraíso de grandes poetas como Lorenzo de Médici e Dante Alighieri, e lugares românticos como Veneza.
e) Uma cidade brasileira. Gostaria de conhecer mais sobre os costumes e a cultura brasileira.
3. Se fosse possível viajar numa máquina do tempo, para que ano irias?
a) Permaneceria no atual. Gosto da vida moderna.
b) Adiantaria o relógio. Iria para o próximo século somente para experimentar as novidades tecnológicas.
c) Voltaria ao século XII e participaria de uma Cruzada a fim de desvendar os novos mundos.
d) Retornaria ao momento exato do surgimento do homem para descobrir, de fato, como tudo aconteceu.
e) Século XV. Certamente, participaria de todos aqueles bailes da nobreza que ocorriam em luxuosos castelos.
4. O que não pode faltar em uma viagem?
a) O livro O princepizinho para ler uma frase antes de dormir.
b) Um romance de verão. Nada como um amor de verão.
c) Histórias engraçadas para contar no regresso.
d) Visitas a locais turísticos e históricos.
e) Aventura e muita adrenalina!
5. Que traço de personalidade o teu companheiro precisa para que o leves contigo?
a) Espírito de aventura.
b) Bom humor. Uma viagem é diversão.
c) Curiosidade. Só assim é possível fazer verdadeiras descobertas em uma viagem.
d) Companheirismo. É preciso ter disposição para estarem juntos durante a viagem.
e) Ausência de preconceitos. A pessoa precisa estar disposta a receber novas informações e vivenciar a cultura do local.
6. Qual dos títulos abaixo mais chama tua atenção?
a) “O livro dos prazeres”.
b) “Os homens não são máquinas”.
c) “De cabeça para baixo”.
d) “Jerusalém”.
e) “Histórias de detetive”.
Tabela de pontos:
1. a = 3; b = 2; c = 0; d = 4; e = 1.
2. a = 2; b = 3; c = 4; d = 1; e = 0.
3. a = 0; b = 2; c = 3; d = 4; e = 1.
4. a = 4; b = 1; c = 0; d = 3; e = 2.
5. a = 2; b = 0; c = 3; d = 1; e = 4.
6. a = 1; b = 3; c = 0; d = 4; e = 2.
De 0 a 4 pontos – Contos e Crónicas
Gostas de ficção e fantasia mas preferes factos verídicos ou do dia-a-dia. És atento(a) aos detalhes e gostas de analisar tudo o que acontece ao teu redor. Tens sede de conhecer novos costumes e a cultura de outros povos. Como um cronista que expõe a sua visão de mundo nos textos, gostas de tecer críticas e comentários sobre os mais diversos assuntos.
De 5 a 9 pontos – Romances e Poesias
Apaixonado pela vida, é provável que você seja uma pessoa emotiva. Nas viagens, gosta de estar sempre acompanhando e também de conhecer gente nova e fazer amizades. Ao ler um livro, debruça-se sobre as páginas que transbordam fortes emoções. Os romances e as poesias têm tudo a ver contigo.
De 10 a 14 pontos – Suspenses e Policiais
Não surpreenderia se sua vida virasse o enredo de um livro de ficção – daqueles com muita fantasia. É que adoras uma aventura e qualquer experiência que gere adrenalina! Quando o assunto é viagem, não tens um só destino. O mundo é o limite. Com esse espírito aventureiro só falta sair e conhecer o mundo.
De 15 a 19 pontos – Históricos e Biográficos
Não resta dúvida de que os fatos históricos exercem verdadeiro fascínio sobre você. É provável que, nalgum momento da vida, já tenha desejado voltar atrás no tempo só para reviver as experiências de nossos antepassados. Através dos livros históricos e das biografias é possível fazer uma verdadeira viagem na máquina do tempo e ter relatos fiéis de nossas maiores conquistas ao longo dos séculos.
De a 20 a 24 pontos – Religiosos ou esotéricos
De espírito curioso, adoras ler sobre os mistérios da vida e do próprio ser humano. Através de suas vivências e leitura busca autoconhecimento e informações de tudo que envolve a criação do mundo, do homem e de suas crenças. Os livros esotéricos ou religiosos fazem o seu perfil.
Concordas com o resultado do teste?
Deixa um comentário.
Opinião: Já falei, aqui, sobre este livro. Porém, só agora consegui um tempinho para vos apresentar a minha opinião. Às vezes é preciso refletir um pouco sobre certos assuntos ou aguardar pela altura certa e que para nós faça algum sentido. Para mim é chegado o momento. Porque Maresia é uma alusão ao mar, ao Verão, à praia e ao tempo fresco logo pela manhã. Porque é Verão e a luz do dia termina mais tarde, o que permite ler um livro sem parar.
MARESIA E FORTUNA foi a minha estreia com a autora e foi o primeiro livro que li em ebook - o que nunca esperei vir a fazer. No início, fez-me imensa falta folhear as páginas do livro e de poder colocar o marcador entre as pausas de leitura. Mas esta história, aparentemente simples na fase inicial, propicia poucas pausas ou nenhumas, de tal forma é viciante.
O livro relata a vida de uma família, a mãe Adelaide e seus dois filhos, Simão e Eduardo,e começa com a ida de Júlia e da sobrinha Vanessa para uma localidade piscatória chamada Apúlia. Júlia tem uma "missão", que esconde da sobrinha e dos pais desta, pois pretende descobrir o que aconteceu naquele local há 18 anos atrás. Confesso que a Júlia é uma personagem que me irritou bastante.
A HISTÓRIA é narrada sob duas perspetivas diferentes, a de Júlia e a do Eduardo, com a particularidade de que no final de cada capítulo é lançada uma frase enigmática e misteriosa, aguçando a curiosidade do leitor.
QUANTO AO TÍTULO, achei que foi bem escolhido, uma vez que a primeira palavra Maresia refere-se à envolvência, ao local onde se passa a ação, ou seja, ao mar. Já a segunda palavra Fortuna sugere uma possível combinação de circunstâncias ou de acontecimento que são inevitáveis, a saber: destino, fado, fatalidade ou sorte. Eu fiz esta associação, porque julguei que se trataria de uma história sobre um pescador que morre no mar, esse lugar, temível e maravilhoso, cheio de vida, no entanto, tem outra razão de ser.
OS CAPÍTULOS são curtos, a ESCRITA é cuidada e a autora recorreu à técnica do diálogo entre as personagens. Não há descrições, há ação, suspense e segredos bem guardados. O facto de não existirem descrições é, na minha opinião, uma opção que pode desagradar a alguns leitores, mas que eu gostei bastante porque enquanto leitora permitiu dar asas à imaginação e ler de forma rápida. Além disso, não deixa de ser um exercício mental muito interessante, pois temos de seguir os diálogos e juntar as informações para "pintar o quadro".
Em conclusão, considero que é um thriller psicológico diferente do habitual, num claro desafio à imaginação do leitor.
O amor transforma. O amor baralha. O amor pode salvar ou deitar tudo a perder.
Mas, afinal, o que é o amor para vocês?
CLASSIFICAÇÃO:
As ideias surgem donde menos se espera e são como a água dos rios que passa acelerada em direçao mar; são as asas das aves que imigram para os países quentes e, por vezes, só as vemos de ano a ano.
As ideias saiem disparadas, sendo importante agarrá-las com força sob pena de se desvanecerem.
Para perceberem a conclusão óbvia de hoje, têm de olhar primeiro para este post, da nossa querida Mulinha, e para um dos desafios extra da Maratona Literária de Verão (aqui), mais concretamente, "Tirar uma fotografia que mostre o quanto os livros te fazem feliz".
Aparentemente, os post´s são totalmente diferentes, mas eu, em modo de nostalgia, inspirei-me no post da Mulinha, acionei a minha arte criativa e fui buscar um tesourinho para demonstrar a alegria e orgulho que tenho nos meus tesouros livrescos.
Claro que tenho noção de que os post´s sobre livros estão muito atrasados, porém, esta minha veia pensadora, não pode deixar de partilhar convosco o seguinte:
"O amor é cego e isso também se aplica ao amor pelos livros".
(Nina Sankovitch)
Contrariamente à Mulinha, que tem um lindo vestido que ainda lhe serve na perfeição, nesta sessão arrojadamente embaraçosa verifiquei que não consigo fechar o fecho do meu vestido de noiva. Mas isso não importa nada porque o que eu gostaria de saber não é se o amor é cego, mas sim se o amor pelos livros:
a) faz engordar;
b) faz perder a memória e a noção do tempo que passou (19 anos, para ser precisa);
c) leva a fazer figurinhas tristes;
d) é uma forma de diversão.
Qual acham que é a resposta certa?
"O verão está instalado no meu coração".
Clarice Lispector
Os livros não se medem pelo tamanho e eu adoro histórias que se leem num dia. Pensado nisso, selecionei 15 livros com poucas páginas ou, para ser mais precisa, em que a leitura é muito rápida - e em que nem se dá conta do tempo passar.
1- Farenheit 451
2-Boneca de Luxo
Holly Golighly é mais do que uma boneca de luxo. Deslumbrante, espirituosa e ternamente vulnerável, inquietando as vidas dos que com ela se cruzam.
3-Os livros que devoraram o meu pai
Vivaldo Bonfim é um escriturário entediado que leva romances e novelas para a repartição de finanças onde está empregado. Um dia, enquanto finge trabalhar, perde-se na leitura e desaparece deste mundo.
4-A quinta dos animais
Esta história é uma fábula em que os animais são personificados, possuindo carateristicas e comportamentos dos humanos.
5-Vamos comprar um poeta
Numa sociedade imaginada, o materialismo controla todos os aspetos das vidas dos seus habitantes. Todas as pessoas têm números em vez de nomes, todos os alimentos são medidos com total exatidão e até os afetos são contabilizados ao grama. E, nesta sociedade, as famílias têm artistas em vez de animais de estimação.
6-O tigre branco
Toda a obra é uma longa carta dirigida ao Primeiro-Ministro chinês, escrita ao longo de sete noites. O autor da carta apresenta-se como o tigre branco do título, e auto-denomina-se um "empreendedor social". Descrevendo a sua notável ascensão de pobre aldeão a empresário e empreendedor social, o autor da carta, Balram, acaba por fazer uma denúncia mordaz das injustiças e peculiaridades da sociedade indiana.
7-O rapaz do pijama às riscas
Ao regressar da escola um dia, Bruno constata que as suas coisas estão a ser empacotadas. O seu pai tinha sido promovido no trabalho e toda a família tem de deixar a luxuosa casa onde vivia e mudar-se para outra cidade, onde Bruno não encontra ninguém com quem brincar nem nada para fazer. Pior do que isso, a nova casa é delimitada por uma vedação de arame que se estende a perder de vista e que o isola das pessoas que ele consegue ver, através da janela, do outro lado da vedação, as quais, curiosamente, usam todas um pijama às riscas. Como Bruno adora fazer explorações, certo dia, desobedecendo às ordens expressas do pai, resolve investigar até onde vai a vedação. É então que encontra um rapazinho mais ou menos da sua idade, vestido com o pijama às riscas que ele já tinha observado, e que em breve se torna o seu melhor amigo…
8-O Velho e o mar
Santiago, um velho pescador cubano, está há quase três meses sem conseguir pescar um único peixe, quando o seu isco é finalmente mordido por um enorme espadarte. O peixe imponente resiste, arrasta a sua canoa cada vez mais para o alto mar, na corrente do Golfo, e obriga a uma luta agonizante de três dias que o velho Santiago acabará por vencer, para logo se ver derrotado.
9-O alienista
Quando o Dr. Simão Bacamarte, médico psiquiatra, homem da ciência, constrói um asilo em Itaguaí, nada faria prever os acontecimentos que lhe sucederam. "Eram furiosos, eram mansos, eram monomaníacos, era toda a família dos deserdados do espírito." Mas quem eram, afinal, os loucos?
10-A morte de Ivan Ilitch
Este livro tão breve, uma das maiores obras-primas do espírito humano, tem sido, desde a sua publicação, um motivo de controvérsia para a crítica: trata-se de uma obra sobre a morte ou de uma obra que nega a morte?.
11-Maresia e Fortuna
Para Eduardo, de 17 anos, o amor é a mãe e o irmão mais velho, Simão. Este, porém, tem um segredo que o empurra para a bebida e Eduardo receia que o seu irmão se suicide, tal como o pai de ambos o fizera, dez anos antes.
Júlia acredita que passou ao lado de um grande amor. Em busca da verdade que mudará a sua vida, regressa à vila de Apúlia para reconstruir um passado de que não se consegue recordar.
12-Pena de viver assim
A protagonista, que se torna tema central do conto, é a senhora Leuca, uma mulher abandonada pelo marido durante onze anos. A sua nostalgia e a sua dor são contínuas e fazem com que ela assista ao desenvolvimento da sua própria vida sem ter poder de intervenção.
13-O Estrangeiro
Meursault recebe um telegrama: a mãe morreu. De regresso a casa após o funeral, enceta amizade com um vizinho de práticas duvidosas, reencontra uma antiga colega de trabalho com quem se envolve, vai à praia - até que ocorre um homicídio.
14- A metamorfose
«Certa manhã, ao acordar após sonhos agitados, Gregor Samsa viu-se na sua cama, metamorfoseado num monstruoso insecto.»
15- História de uma gaivota e do gato que ensinou a voar
Esta é a história de Zorbas, uma gato grande, preto e gordo. Um dia, uma formosa gaivota apanhada por uma maré negra de petróleo deixa ao cuidado dele, momentos antes de morrer, o ovo que acabara de pôr. Zorbas, que é um gato de palavra, cumprirá as duas promessas que nesse momento dramático lhe é obrigado a fazer: não só criará a pequena gaivota, como também a ensinará a voar.
*Excertos das respetivas sinopses.
Este tema vem a propósito do último livro que acabei de ler. É um tema que dá para refletir e poderia abordar aqui vários assuntos, no entanto, resolvi particulizar um pouco quando fiz esta pergunta: Não teremos todos um Frankenstein nas nossas vidas? Um monstro que se vinga e nos persegue? Intuitivamente respondo que sim. Eu chamo-lhe realidade consubstanciado num constante Sentir. Pensar. Viver. É quase como o bater ritmado do coração, que funciona perfeitamente e que, ao mesmo tempo, passa despercebido. Sentir. Pensar. Viver. E um dia quem sabe nos assombre e consuma de medos quando tomamos consciência da dimensão que implica esse esforço diário. Mas o meu FranKenstein é diferente, é algo que nasceu comigo. Ele alimenta-se de pensamentos. Tal como no livro, ele é gigante, por vezes feio, e considera-se uma criação aberrante da natureza. Tem vida própria, acreditem. Eu cá experimentei correr com ele, persegui-lo com pensamentos de beleza e até com produtos químicos da farmácia, mas o mais saudável é abrir um livro e começar a ler.
Hoje é sexta e aproxima-se o fim-de-semana. Tempo para uma pausa necessária. Altura para descontrair, planear uma saída ou fazer umas compras para o resto da semana.
Desta vez não vou escrever muito, porque já partilhei convosco a aventura vivida nas palavras d´ Flores, de Afonso Cruz.
Espero que gostem da sugestão e que comentem. Podem usar e abusar das palavras. Elas enriqueçem-me a memória.
Bom fim-de-semana e boas leituras!