Layout - Gaffe
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Sinopse:
Os irmãos Byron e Benedetta não se veem há oito anos, mas a súbita morte da mãe obriga-os sentarem-se finalmente à mesma mesa. Eleanor deixou-lhes um bolo no congelador com a críptica instrução de que o deverão partilhar «na altura certa».
Para além do bolo, uma homenagem às origens caribenhas da família, há ainda uma longa gravação áudio que abre com uma revelação impensável: Byron e Benedetta têm uma irmã.
Este, porém, é apenas o primeiro dos muitos segredos que a mãe quer agora, depois de morta, revelar, na esperança de emendar alguns erros do passado.
Opinião:
Este é o livro de estreia desta autora e, apesar de ter gostado da escrita simples e fluída, não fiquei fã dos personagens que vão sendo introduzidos, rapidamente, ao longo da história, em capítulos demasiado curtos, entre o passado e presente.
O bolo negro é um bolo feito com rum e frutos secos e a receita passa de geração em geração. Uma ligação familiar que dá sabor ao enredo.
Nesta história familiar, que decorre entre as Caraíbas, passando pelo Reino Unido e pelos EUA, existem segredos e um mistério relacionado com um crime, mas, na minha opinião, surgem demasiados personagens, muitos recomeços e desencontros que são pouco credíveis. Uma miscelânea, que não confere qualquer densidade à história em si, uma vez que não há um aprofundamento.
Fazendo, aqui, uma analogia, é como se houvesse necessidade de juntar mais um ingrediente, depois mais outro, e mais outro, "batendo bem", e surgisse uma história sobre vários temas (racismo, amizade, liberdade e multiculturalismo).
Vou mais longe, ainda, e atrevo-me a dizer que este "bolo" saiu algo queimado - mas se calhar é culpa minha, porque, enquanto leitora, interpretei a receita à minha maneira.
Ainda bem que não gostamos todos dos mesmos bolos, digo livros!