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Este tema vem a propósito do último livro que acabei de ler. É um tema que dá para refletir e poderia abordar aqui vários assuntos, no entanto, resolvi particulizar um pouco quando fiz esta pergunta: Não teremos todos um Frankenstein nas nossas vidas? Um monstro que se vinga e nos persegue? Intuitivamente respondo que sim. Eu chamo-lhe realidade consubstanciado num constante Sentir. Pensar. Viver. É quase como o bater ritmado do coração, que funciona perfeitamente e que, ao mesmo tempo, passa despercebido. Sentir. Pensar. Viver. E um dia quem sabe nos assombre e consuma de medos quando tomamos consciência da dimensão que implica esse esforço diário. Mas o meu FranKenstein é diferente, é algo que nasceu comigo. Ele alimenta-se de pensamentos. Tal como no livro, ele é gigante, por vezes feio, e considera-se uma criação aberrante da natureza. Tem vida própria, acreditem. Eu cá experimentei correr com ele, persegui-lo com pensamentos de beleza e até com produtos químicos da farmácia, mas o mais saudável é abrir um livro e começar a ler.
Hoje é sexta e aproxima-se o fim-de-semana. Tempo para uma pausa necessária. Altura para descontrair, planear uma saída ou fazer umas compras para o resto da semana.
Desta vez não vou escrever muito, porque já partilhei convosco a aventura vivida nas palavras d´ Flores, de Afonso Cruz.
Espero que gostem da sugestão e que comentem. Podem usar e abusar das palavras. Elas enriqueçem-me a memória.
Bom fim-de-semana e boas leituras!
Sinopse: aqui.
Opinião: A narrativa é feita por Balram. Ele conta a história da sua vida («A autobiografia dum Indiano Mal Amanhado»). Neste tom irónico e crítico, Balram descreve o seu país, a Índia, e conta que antes de se chamar Balram era Munna. No entanto, Munna significa apenas rapaz, ou seja, quando nasceu os pais não lhe deram um nome.
Mas afinal que espécie de lugar é aquele em que os pais se esquecem de dar o nome aos filhos?
É só na escola que o professor o "batiza" de Balram e eu achei isto táo triste que senti uma enorme compaixão pelo personagem, mas aviso já: não se iludam.
«O Tigre Branco» contem sete cartas escritas por Balram ao primeiro-ministro Chinês, que visitará a Índia, onde conta a sua história e faz uma crítica social algo arrojada.
A propósito senhor primeiro-ministro: já reparou que os quatro maiores poetas do mundo são todos muçulmanos? E que, apesar disto, todos os muçulmanos com que nos cruzamos são ou analfabetos, ou andam tapados dos pés à cabeça com burcas pretas, ou à procura de prédios para explodir? É um enigma, não lhe parece? Se algum dia conseguir perceber esta gente, então mande-me um e-mail.
Nesta sátira, temos: pobreza, ambição, ganância, corrupção, crime, cenas ["nojentas"], desigualdade social e injustiça q.b.. Porém, aquele sentimento de pena que Balram inspira, ao início, vai-se dissipando à medida que a história se desenrola. A própria narrativa começa por ser leve e divertida mas descreve uma realidade "quase medieval", que é o sistema de castas. Vindo do lado pobre, escuro e sujo, Balram quer subir na vida, mas a sua casta, Halwai, tem de vender doces (Cada casta tem um nome que se relaciona com uma profissão) e Balram não quer essa profissão de "pobre" e sim ter uma bela farda e ser motorista (No fundo, quer passar para o lado da luz e da riqueza).
Gostei deste livro porque acho que é uma história que dá para refletir sobre a realidade na Índia e conhecer um pouco mais desse país.
Gostei ainda porque o livro é pequeno, lê-se rapidamente e não é nada maçudo.
Mas o que mais gostei foi da construção e caraterização psicológica do personagem Balram (Brutal!).
Espero ler mais deste autor.
Classificação: 5/5.
No dia 1 de maio, recebi um convite do Blogs Portugal para o desafio 7 dias com os media 2018 que consiste num desafio para que diferentes pessoas desenvolvam os seus projetos e iniciativas relacionados com os media.
Os bloggers podem participar (e quem quiser ainda pode fazê-lo), bastando fazer o registo na plataforma digital www.7diascomosmedia.pt com uma proposta ou uma ideia para um post.
Nós (eu, a Fátima, a Mariana, a Helena, a Roberta e a Vanessa), na última reunião do Clube de Leitura Conversas Livrásticas, resolvemos aceitar este desafio, uma vez que seria muito interessante descobrir o que pensam a respeito do impacto que os blogs e os clubes de leitura têm para a literacia.
Cada vez mais se fala nos media, bem como na importância dos bloggers na partilha e promoção do conhecimento. Para comprovar esta realidade precisavamos de algo que permitisse recolher a vossa opinião e, nessa senda, elaboramos um inquérito.
A resposta é anónima, a vossa colaboração preciosíssima e o nosso prémio são as vossa respostas.
Vá lá, participem e deixem a vossa opinião!
Para este fim-de-semana recomendo que relaxem e que aproveitem para viajar para Guernsey, uma ilha perto de França (era bom, não era?). Então, convido todos os leitores a visitar um local que, aquando da minha visita [literária], me pareceu familiar. Talvez seja apenas um sentimento, uma vontade de conhecer as pessoas ou um desejo de participar nas conversa sobre os livros. Seja o que for, é envolvente e diferente.
Sabiam que na segunda Guerra Mundial as tropas alemães ocuparam Guernsey? E que estes exigiam que os habitantes lhe fornecessem toda a comida? E que é por causa de um jantar de porco que surgiu a Sociedade Literária da Tarte de Casca Batata?
Podem ficar a saber as respostas se lerem o livro, claro. Os leitores que têm paixão por livros vão de certeza ficar com a "pulga atrás da orelha". Olhem, eu fiquei. O título despertou-me a atenção. Mais. Fui à biblioteca e durante a leitura as pessoas pareceram-me reais. Depois, cheguei a desejar receber uma cartinha igual. Só uma! (bem posso sonhar). E resumindo a história, gostei tanto que já adquiri o livro.
Para vos aguçar mais a curiosidade, e a propósito da familía Brontë, deixo-vos um excerto de uma das cartas cujo sentido de humor considero delicioso:
"Cara Miss Ashton
Oh, meu Deus. A Juliet escreveu um livro sobre a Anne Brontë, irmã de Charlotte e da Emily. A Amelie Maugery diz que mo vai emprestar, porque ela sabe que tenho uma predilecção pelas irmãs Brontë - coitadinhas. Só de pensar que as cinco tinham pulmões tão fraquinhos e morreram tão novas! Que tristeza.
O pai delas era um homem muito egoísta, não acha? Não se preocupava nem um pouco com as filhas - sempre sentado no escritório, a gritar que lhe levassem o xaile. Nunca se levantou para se servir sozinho, pois não? Limitava-se a ficar ali no escritório, isolado, enquanto as filhas caiam para o lado que nem moscas.
E o irmão, o Branwell, também não era lá grande coisa. Sempre a beber e a vomitar nos tapetes. Elas tinham de andar a limpar o que ele sujava. Era um rico trabalho para as senhoras Autoras!
Acredito piamente que com dois homens daqueles em casa e sem grandes possibilidades de conhecerem outros homens, a Emily só podia inventar o Heathcliff! E que excelente trabalho ela fez. Os homens são mais interessantes nos livros do que na vida real (...)".
Este livro, que está no Plano Nacional de Leitura, é um livro que todos devem ler.
Eu já li e vocês?
Bom fim-de-semana e boas leituras.
*Livro lido sem opinião escrita (ainda) aqui no blog
Sinopse: Aqui:
Opinião: Depois de ler "Quando o Cuco Chama", fiquei curiosa para ler os dois livros seguintes. Infelizmente, na minha Biblioteca, apenas tinham o segundo livro, "O Bicho-da-Seda", e não me souberam dizer quando vão adquirir o terceiro.
Li o "Bicho-da-Seda" há vários meses atrás, pelo que resolvi escrever aqui o quanto antes. Lembro-me que a leitura foi compulsiva, dado o entusiamo com que fiquei depois de ler o primeiro. Depois ainda tenho presente que as expetativas eram elevadas.
Cormoran Strike e Robin Ellacott voltaram a preencher os meus serões com uma história de um desaparecimento de um escritor chamado Quine. Quine tinha escrito o romance "Bombyx Mori"(o bicho da seda em latim), que contem informações nada abonatórias de pessoas que lhe são próximas, desde escritores a editores. Quando Quine surge brutalmente assassinado, tudo aponta que os suspeitos serão os que se sentiram "ofendidos" com o livro. E Quine não tem amigos.
Não gostei tanto deste livro como do anterior, uma vez que Cormoram continua a lamentar-se da sua vida, da sua perna e a mencionar o sofrimento. Já a personagem Robin tem um maior destaque, porém, algumas partes do livro tornaram-se um pouco irritantes. Acho que isso aconteceu quando ficamos sem saber se Robin vai ou não terminar o relacionamento com o noivo. Afinal, Robin poderia ser mais decidida e determinada, ou não? Sinceramente, para uma "quase detetive" fugir à verdade (ou ao noivo) não me pareceu uma atitude correta.
Outra coisa que me maçou foi a referência constante ao "Bombyx Mori", que no fundo foi um mau livro. Quine não era bom escritor. Percebo que se fale nele por ser o último romance escrito por Quine, mas não entendo a tão elevada relevência que lhe é dada. Se calhar deveria ter percebido... mas "Bombyx Mori" não me impressionou.
Por último, há um pormenor que me deixa com "urticária" e que se relaciona com a subtileza com a escritora induz a ideia de um possível romance entre Robin e Cormoram. Funciona nas séries televisivas, mas aqui, please, don´t!
Estes foram os motivos para não gostar tanto deste livro, mas a escrita é ótima e o final é surpreendente.
Será que vou ler o próximo?
Classificação: 4/5
Um dia destes, enquanto tomava café, um casal de idosos conversava na mesa ao lado. Como não podia evitar, acabei por ouvir o que discutiam:
Senhora: Olha, diz aqui no jornal que para manter a pele jovem basta embeber em chá verde...
Senhor: O quê?!
Senhora: Sim, aqui dizem que basta usar compressas embebidas em chá verde na pele para esta ficar mais jovem..
Senhor: Opá.... Opá, isso... é, isso é Natural!
Esta última parte foi dita a gritar, pelo que presumo que o Senhor fosse meio surdo.
No primeiro dia de maio, lembrei-me desta conversa e a propósito dela retirei uma conclusão óbvia: comprar livros com 50 % desconto, opá, isso...é, isso é Natural!
Quem me nomeou foi a CM do blog bestialmente conhecido (obrigada, CM, beijinhos) e resolvi agarrar esta oportunidade de forma a dar a conhecer melhor o sol que ilumina esta blogger. Agora a sério, depois de pesquisar, constatei que o objetivo deste "prémio" é aproximar e dar a conhecer bloggers, o que acho muitíssimo bem.
Regras do Sunshine Blogger Award:
* Agradecer à Blogger que te nomeou;
* Responder às 11 perguntas que te foram dadas;
* Nomear 11 bloggers e fazer-lhes 11 perguntas;
* Colocar as regras e incluir o logótipo do prémio no post.
Aqui vão as minhas respostas à CM do blog bestialmente conhecido:
1. O teu blog é hoje o que pensavas que seria quando o criaste?
Gosto imenso de falar de livros e de acicatar os ânimos com ideias sobre as quais ninguém pensa muito. Ora, isto no local de trabalho originava verdadeiros debates e discussões em torno das leituras ou de temas que iam surgindo no dia-a-dia e um constante revirar de olhos acompanhado da frase habitual "oh, Edite, lá estás tu com as tuas teorias!" Então, uma colega de trabalho sugeriu que criasse um blog para poder falar sobre o que bem entendesse. E assim nasceu o blog sobre livros e pensamentos, que acredito que seja o mesmo quando o criei, pois continuo a gostar de comentar sobre os livros que vou lendo e sobre as ideias que me vão surgindo, mas sobre o qual tenho a impressão que tem um longo caminho a percorrer.
2. Se pudesses mudar alguma coisa no teu espaço o que seria?
Não sei bem. Faço essa pergunta a mim própria de vez em quando. Acho que tem a ver com o meu sentido de autocrítica, o qual me faz procurar sempre coisas diferentes e não seguir os outros. No fundo, há que respeitar o meu espaço e se, numa determinada altura, acho que devo escrever mais sobre livros, então é o que faço.
3. O que é que num dia chato te consegue arrancar uma gargalhada?
Neste campo sou muito difícil, mais facilmente me fazem chorar do que rir. Dias chatos nem têm conto. Pensado bem, o que me faz rir até chorar (lá está, até a rir acabo a chorar) são comentários inesperados, às vezes do filhote, outras de colegas, ou quando leio alguns blogs.
4. Se não existissem constrangimentos financeiros o que gostarias de fazer na vida?
Viajar. Ler. Não fazer mais nada.
5. Reinventando uma pergunda cliché: praia com muita areia em todas as frestas do ser humano, ou campo com toda a bicheza que por lá existe?
Tanto gosto da praia como do campo, mas se me dessem a escolher entre praia sobrelotada de vários humanos e o campo com a bicheza habitual, escolheria esta última. Gosto de estar sossegada e sem muito barulho à minha volta.
6. Livros ou cinema? Porquê?
Mais uma pergunta para a qual tenho de dar resposta alternativa. Ultimamente gosto dos dois. Porquê. É que eu gosto de primeiro ler o livro e depois de ver o filme, porque assim percebo melhor os personagens e sei se o filme é fiel ao livro ou não.
7. Se tivesses de escolher reencarnar entre um destes três animais qual seria e porquê? Uma galinha, um perú ou um porco? (e não, não há opções glamorosas)
Ahahah. Pois assim é difícil. O karma dá cabo de tudo.
Bem, opto pelo porco, porque poderia, eventualmente, ter a sorte de vir a ser um animal de estimação, fofinho, limpinho e bem alimentado.
8. Qual a tarefa doméstica que mais detestas fazer? Porquê?
Passar a ferro. Odeio. Fico com imensas dores na coluna.
9. Um episódio da tua infância que ainda hoje te faça rir.
Tenho vários, mas de repente só me vem à cabeça um episódio. Não é sobre a infância, já tinha 16 anos, mas não me esqueço da cara do Senhor do Círculo de Leitores.Então, foi assim. Nessa altura tinha a mania de espremer as borbulhas e pontinhos negros (e digo tinha a mania, porque sabia perfeitamente que era errado, mas não conseguia evitar). Para minorar os estragos, alguém me disse que deveria desinfetar com betadine e eu assim fiz. Eis senão quando, tocaram à campainha, esqueci-me completamente do estado em que me encontrava e fui abrir a porta...O Senhor do Círculo de Leitores olhou-me muito espantado e disse: Bom dia...ah,isso é...contagioso???
Coitado, tinha toda a razão. É que eu pintei cada bolhinha e parecia que estava com varicela. ahahahah.
10. Quão farto/farta estás das minhas perguntas?
Estou a divertir-me imenso.
11. Gostavas que continuasse ou deste um suspiro por perceber que chegou ao fim?
Mais uma resposta alternativa. Se continuasses com perguntas embaraçosas acho que suspiraria sim.
Nomeio:
http://porqueeuposso.blogs.sapo.pt/
http://alheiaatudooutalveznao.blogs.sapo.pt/
https://hollyreader.blogs.sapo.pt/
http://stoneartportugal.blogs.sapo.pt/
https://sayhellotomybooks.blogs.sapo.pt/
https://menteliteraria.blogs.sapo.pt/
http://barbarareviewsbooks.blogspot.pt/
https://chicana.blogs.sapo.pt/
https://happynessiseverywhere.blogs.sapo.pt/
As minhas perguntas:
1. O que sentiste por teres sido nomeado(a)?
2. Se com esta nomeação recebesses um prémio, qual seria? Porquê?
3. Qual foi a situação mais hilariante que presenciaste?
4. Qual é o assunto que mais te irrita hoje em dia? Porquê?
5. O teu blog é o teu refúgio ou o teu vício?
6. O que te levou a criar o blog?
7. Que livro estás a ler neste momento?
8. Qual é o teu livro preferido de sempre?
9. Como é que o blog influencia o teu dia?
10.O que achas que falta na blogosfera portuguesa?
11. Se ganhasses o euromilhões qual era a primeira coisa que farias?
Parabéns a todos os que nomeei e aguardo, cheia de curiosidade, as vossas respostas!