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Do outro lado, Mafalda Santos

por editepf, em 07.10.24

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Depois de ler "Enquanto o Fim Não Vem", as expectativas eram muito altas, mas este romance da Mafalda Santos conseguiu surpreender-me, novamente!
A Mafalda Santos é sem dúvida uma das minhas autoras favoritas, escreve muitíssimo bem e possui uma habilidade extraordinária em criar narrativas intrigantes.
No livro, a combinação entre distopia e uma história de amor fez-me questionar os limites do amor e da realidade, num enredo que mistura de forma inteligente mistério, emoção e sobrevivência.
A história não é apenas sobre Gabriel e Sara; é também uma reflexão sobre até onde somos capazes de ir quando tudo à nossa volta se desmorona.
Neste contexto, a autora explora com mestria o desaparecimento de Sara e a busca desesperada de Gabriel por respostas, jogando com as fronteiras da realidade. A introdução do conceito de multiverso, embora toque em ficção científica, serve mais como pano de fundo para o drama humano. Não é o multiverso em si que domina, mas o impacto emocional que esta complexidade traz às personagens e à própria narrativa.Essa alternância entre mundos e os capítulos curtos criam um ritmo quase cinematográfico, que me manteve agarrada do início ao fim. A construção cuidadosa da tensão, capítulo a capítulo, contribuiu também para uma leitura rápida e compulsiva.
Já a conclusão deixou-me com a sensação de que há mais por descobrir, mais por dizer, e eu adoraria ler a continuação - talvez porque a minha experiência de leitura foi como se estivesse a assistir a uma série ou filme ; Ok, também há filmes em que no final ficamos assim, para nos fazer reflectir um pouco.
E foi isso que fiz.
Para terem uma ideia de uma das minhas reflexões deixo no ar a pergunta: a própria percepção da realidade é diferente para cada um de nós, certo?
Adorei e recomendo vivamente.

Reinos Bastardos, Luís Corte Real

por editepf, em 23.08.24

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Reinos Bastardos conseguirá conquistar os amantes de fantasia e os que, geralmente, não se aventuram por esse género literário? A isto respondo já que sim.

Fantasia não é um género que figura frequentemente entre as minhas leituras. Houve uma época em que devorava livros deste género, mas os anos passaram e os gostos mudaram. Por isso, mundos mágicos e monstros são algo que não me aventuro hoje em dia. No entanto, o autor cedeu gentilmente o livro e como tenho a imaginação em altas esta leitura até veio em boa altura.

A personagem principal, Runa, é uma jovem humana órfã criada por Kar numa tribo de ogros nos Reinos Bastardos. Este ambiente inóspito e hostil, em que os humanos não passam de cativos, moldou a sua personalidade e tornou-a forte e rebelde. A relação entre Runa e Kar, marcada por um afeto quase paternal, e o laço crescente com Ediru, são aspectos emocionalmente envolventes.

As descrições do ambiente de Reinos Bastardos são pormenorizadas e, embora necessárias, contrariaram – e muito- a minha enorme vontade de ler o que iria suceder a seguir a Runa. Eu estava tão ansiosa para descobrir o destino de Runa e Ediru que as longas descrições pareciam um obstáculo entre mim e o próximo acontecimento. Quando tudo mudou, na história, fui contrariada – de novo!– desta vez, de forma ainda mais impactante.

E, o que mais me surpreendeu, foi o desenvolvimento dos personagens. Embora tenha gostado de uns e odiado outros, confesso que não estava nada preparada para duas das personagens mudarem de uma forma que realmente me desarmou. Então? Como assim? Porquê?

Apesar destas perguntas sem resposta, gostei muito desta história emocionante de fantasia de fácil e rápida leitura. Para isso contribui decisivamente a escrita do autor e a forma como mantém o leitor envolvido e em suspense até ao fim. No entanto, deixou-me como que um travo agridoce tanto quanto à mudança nos personagens e quanto ao facto de ter de aguentar a minha curiosidade até sair Reinos Humanos para saber o que aconteceu à Runa e a outros personagens.

Sendo esta história uma história que prende logo no início a atenção do leitor e que se lê rapidamente, esta reação já seria de esperar! Agora a minha questão é: quando é o lançamento do próximo volume?

E vocês, já tiveram a oportunidade de ler Reinos Bastardos? Qual foi a vossa impressão?

 

 

Marzahn, Mon Amour, Katja Oskamp

por editepf, em 08.08.24

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"Os anos da meia idade, em que já não és nova e ainda não és velha, são nebulosos. Já não avistas a margem de que partiste, e ainda não distingues com suficiente nitidez a margem para a qual te diriges".

Este é o início do livro escrito por Katja Oskamp. A narradora é a própria escritora (personagem), que, após uma crise pessoal e profissional, decide mudar radicalmente de vida e torna-se pedicura.

 Oskamp compartilha histórias dos seus clientes e estes relatos, aparentemente mundanos, revelam profundidade e complexidade humana.

 Numa escrita despida e poética ao mesmo tempo, a autora dá atenção a detalhes sobre o quotidiano dos personagens. Em cada capítulo, cada cliente tem uma história, o que traz diversidade às experiências relatadas e uma visão intimista da vida das pessoas.

 No entanto, enquanto leitora, senti que há histórias ou personagens que não são explorados a fundo porque deixamos de seguir determinado personagem assim que começa outro capítulo e outro personagem (sorry, mas não aprecio a estrutura baseada em pequenas histórias que se assemelham a contos).

Em suma, "Marzahn, Mon Amour" é um livro original e reflexivo sobre a vida de pessoas comuns que poderá ser interessante para quem gosta de histórias intimistas e frustrante para quem gosta de mais desenvolvimento e ação.

 

 
 

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Ultimamente, tenho lido várias histórias ambientadas na Segunda Guerra Mundial, mas esta, em particular, destacou-se por ser diferente do habitual. De facto não é um thriller nem um romance histórico, mas, sim, uma história alternativa, entre ficção e factos verídicos, e o seu enquadamento num género literário, como thriller, na minha opinião, poderá originar falsas expetativas, por isso aconselho a que não o façam e que mantenham a mente em aberto quando iniciarem a leitura.

Tudo começa com a chegada de uma carta misteriosa ao Papa, alertando-o sobre o plano de Hitler de invadir o Vaticano. Este alerta põe em movimento uma série de eventos que obrigam Pio XII a tomar decisões difíceis para proteger a Igreja. A proposta de Roosevelt para receber a cúria no seu país, em contraste com as alternativas oferecidas por Franco e Salazar, coloca o Papa diante de um dilema moral e político significativo. Optar pelos Estados Unidos implicaria escolher um lado no conflito mundial, enquanto a repressão do regime de Franco torna a Espanha uma opção indesejável. Assim, Portugal, com o santuário de Fátima, surge como o destino mais viável, carregado de simbolismo religioso.

Papa Pio XII, que surge nesta história como o "Papa sem Medo", é o personagem principal que tem de fazer uma escolha difícil em prol do seu compromisso com a Igreja e seus fiéis. A par deste personagem surgem outros, os cardeais com hierarquias definidas, cuja dinâmica de intrigas e conluios políticos quase me fizeram esquecer a violência e a ameaça externa dos nazistas.

Achei mesmo muito interessante conhecer este Papa e as manobras internas na Igreja, uma vez que, talvez por terem uma grande dose de criatividade do autor, ao ficionar as suas personalidade, adicionam uma camada complexa e humana à história.

Aliás, existem vários personagens cardeais que têm ambições nada caridosas, mas a forma como estão descritos e forma como se comportam transmitem irritação, algum divertimento e até, pasme-se, pena do Papa.   

A obra, inspirada em eventos verídicos, combina, assim, factos históricos com uma ficção habilmente executada, conseguindo criar uma leitura cativante e gerar interesse em saber mais sobre factos que são, provavelmente, desconhecidos pelos leitores. 

 "Quando o Vaticano Caiu" é sem dúvida alguma uma brilhante e bem-construída história alternativa que promete prender a atenção e que oferece a todos os leitores uma nova perspetiva sobre os desafios enfrentados pela Igreja durante a guerra.

 

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"O Papel de Parede Amarelo" é um conto clássico da literatura escrita por Charlotte Perkins Gilman, publicado em 1892. A história é conhecida por sua exploração profunda e perturbadora da saúde mental feminina e das restrições sociais enfrentadas pelas mulheres na época vitoriana.

A narrativa é centrada em uma mulher que está passando por um tratamento para uma condição de saúde mental, prescrita por seu marido médico. Ela é proibida de realizar qualquer atividade intelectual ou física, e é confinada a um quarto com papel de parede amarelo. Conforme os dias passam, ela começa a ver figuras estranhas e formas no papel de parede, levando a uma deterioração crescente de sua própria sanidade.

Gilman utiliza o papel de parede como uma metáfora poderosa para a opressão que as mulheres enfrentam na sociedade, assim como uma exploração das consequências do tratamento paternalista e desumano das doenças mentais na época.

A escrita de Gilman é perspicaz e intensamente introspectiva, mergulhando na psique da protagonista de uma maneira que é ao mesmo tempo fascinante e angustiante. A história oferece uma crítica social aguda e uma análise penetrante das pressões sociais sobre as mulheres, além de uma exploração profunda das fronteiras entre a sanidade e a loucura.

Em resumo, "O Papel de Parede Amarelo" é uma obra-prima da literatura gótica e um conto fundamental sobre a experiência feminina e a saúde mental, que continua relevante e poderoso até os dias atuais.

 

O animal selvagem, Joël Dicker

por editepf, em 11.07.24
 

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Durante as férias, li "O Animal Selvagem" e desde a primeira página a narrativa envolvente de Joël Dicker prendeu minha atenção, tornando-o o livro perfeito, para se ler aos poucos, numa altura em que precisava de descanso.

A história inicia-se com um plano engenhoso de assalto a uma joalharia em Genebra, mas vai-se desenrolando numa teia intricada de segredos e obsessões.

Sophie Braun, que vive nas margens do Lago Léman, vê a sua vida aparentemente perfeita desmoronar-se. O seu marido guarda segredos sombrios, o seu vizinho policial desenvolve uma obsessão inquietante por ela, e um presente misterioso coloca sua segurança em risco.

O que mais me cativou foi a forma como Dicker delineou os personagens e o desenvolvimento detalhado das suas personalidades e histórias. Além disso, os saltos temporais, uma característica de seu estilo, estão mais fluídos e intuitivos, o que enriqueceu a experiência de leitura.

Embora o desfecho tenha ficado um pouco aquém das expectativas, a escrita cativante de Dicker e o equilíbrio perfeito entre suspense e entretenimento fizeram deste livro uma excelente escolha.

"O Animal Selvagem" proporciona uma leitura emocionante e envolvente e por isso recomendo vivamente esta obra a todos os leitores que procuram um thriller irresistível, viciante e repleto de reviravoltas que ao mesmo tempo oferece diversão e muito suspense.

 
 

O quinto pescador, José Rodrigues

por editepf, em 24.06.24

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"O Quinto Pescador" é o sexto livro do autor e tem recebido muita atenção nas redes sociais. Como não vejo vídeos nem leio críticas ou opiniões antes de ler, embarquei nesta leitura sem bagagem nenhuma que pudesse influenciar o meu pensamento ou as emoções. Porque quando leio que choraram muito com determinada história, geralmente, não tenho a mesma reação.  E porque dão spoilers e isso aborrece-me.Portanto, nada sabia, nada conhecia, nem sequer o autor, e o que escrevo são as impressões pessoais que surgiram durante a sua leitura.

Quanto ao cenário escolhido pelo autor, uma aldeia costeira, tranquila e acolhedora, é o cenário perfeito para esta jornada de cura e para novas amizades e reconexões emocionais. Afinal, há sempre uma Esperança, mesmo nos sítios mais improváveis.

Francisco é o personagem principal que procura o isolamento nessa aldeia mas, Pedro e Rafa, surgem como faróis no seu caminho, num momento em que a luta interna de Francisco é intensa, dolorosa e de difícil aceitação.  

Parece que tudo sabe a pouco e a nada e a tanto me faz.

Já nas conversas silenciosas de Francisco com a estátua na falésia, altura em que a alma do protagonista se desnuda, há uma espécie de introspeção. São conversas sem resposta, é certo, mas nesse momento Francisco toma consciência dos seus pensamentos mais escuros e também dos mais felizes. 

A destacar, ainda, ao longo desta história, as várias fotos a preto e branco de Sara Augusto, com o mar, as árvores e as flores, que, a meu ver, são mais que imagens, são haikus visuais que capturam a solidão e a melancolia do protagonista. 

Apesar de não ser, atualmente, o meu género de livro, as personagens têm uma simplicidade e uma autenticidade que espelham uma vivência de vida tal como a conhecemos, umas vezes dura e difícil, outras com perspectivas de melhores dias.

Esta é uma leitura com uma mensagem importante para os leitores que precisam de voltar a olhar para a vida com um sorriso. Afinal, há mesmo Esperança nos sítios mais improváveis!

 

Gatos na Noite, Fábio Ventura

por editepf, em 17.06.24

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Após a leitura de "Corações de Papel", iniciei "Gatos na Noite" com uma grande curiosidade, ansiosa por desvendar o destino dos seus personagens. Embuída por um espírito de investigação, fui completamente surpreendida pela profundidade e complexidade que esta obra apresenta. Na verdade, desde as primeiras páginas, senti-me um tanto desorientada diante do vasto número de personagens introduzidos. A trama centra-se nos quatro irmãos – Jeremias, Tomé, Gabriel e Cibele– que têm personalidades distintas e complexas, contribuindo para um mosaico de histórias individuais e coletivas, em paralelo com personagens como Mateus, Júlia, Basílio e tantos outros que vão surgindo ao longo da história. 
O livro possui uma atmosfera que remete fortemente ao estilo de Stephen King, com um cenário impregnado de suspense e mistério, o que me deixou com um nó no estômago e um sentimento de inquietação constante. Essa influência é evidente na forma como o autor constrói o ambiente da Casa da Lua, um local repleto de segredos sombrios e eventos perturbadores.
Olhei de volta para todas aquelas sombras. Estavam a sorrir, um sorriso branco que conseguia ver mesmo àquela distância. E de repente já não era eu ali. Era apenas uma sombra, tal como elas.
 
Ao longo da narrativa, personagens de "Corações de Papel", como Gaspar, Lucas e a Cece, reaparecem, enriquecendo a trama e conectando histórias passadas e presentes, adicionando profundidade com essa ligação.
Nesta história são explorados temas complexos relacionados com a psicologia humana, inspirados nas teorias de Carl Jung sobre o consciente e o inconsciente. E apesar de se estranhar o inicio e as sombras, o autor conseguiu, e bem, amarrar todas as pontas soltas no final, proporcionando uma conclusão surpreendente. Para isso contribui decisivamente a escrita do autor e a forma como mantém o leitor envolvido e intrigado até a última página.
 
Num thriller que ousa lidar com temas psicológicos profundos e o lado obscuro do ser humano, a experiência intrigante à medida que os segredos da família Xavier vêm à tona, revela segredos obscuros que nem o próprio Jung previu. 
 
 
 

O Regresso, Kristin Hannah

por editepf, em 12.06.24

 

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"O Regresso", de Kristin Hannah, é um romance que segue Michael e Jolene, um casal cuja relação está à beira do divórcio após doze anos de casamento. As suas vidas mudam drasticamente quando Jolene, piloto de helicóptero do exército, é enviada para uma missão militar no Iraque, deixando Michael responsável por cuidar de uma criança e de uma pré-adolescente em casa. Essa separação forçada e os perigos da guerra irão intensificar a distância emocional entre eles. Por um lado, Jolene enfrenta os horrores da guerra, e, por outro, Michael luta com as novas responsabilidades e a ansiedade constante. Mas é a volta de Jolene que marca o início de uma nova batalha: a de superar os traumas da guerra e reconstruir a sua família.

Kristin Hannah explora temas como trauma, resiliência, amor e perdão, e, apesar dos temas pesados, a escrita de Hannah é cativante e fluida, com descrições vívidas e uma narrativa que prende a atenção do leitor do início ao fim.

Em resumo, "O Regresso" é uma leitura que não só entretém, mas também enriquece, oferecendo uma visão tocante e inspiradora sobre os desafios e a beleza da vida e do amor, e que mais uma vez confirma o poder de Kristin Hannah em contar histórias emocionantes.

Tantos livros, tão pouco tempo

Feira do Livro de Lisboa 2024

por editepf, em 07.06.24

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A frase "tantos livros, tão pouco tempo" sintetiza um sentimento comum entre os amantes da leitura: a constatação de que, apesar da infinidade de obras literárias disponíveis, o tempo para as explorar é limitado. Esta expressão reflete o desejo de descobrir novos mundos, aprender novas coisas e conhecer diferentes perspectivas através da literatura - mas também a frustração de que a vida é curta demais para ler tudo o que se deseja. Esse dilema é especialmente sentido durante eventos literários, como a Feira do Livro de Lisboa, um dos maiores e mais esperados eventos culturais da capital portuguesa.

Realizada anualmente no Parque Eduardo VII, a feira é um verdadeiro paraíso, onde encontramos uma vasta coleção de livros de todos os géneros e para todas as idades. A Feira do Livro de Lisboa não é apenas um local para a compra de livros; é um ponto de encontro para leitores, autores, editores, livreiros e todo o pessoal das redes sociais. Durante o evento, é comum encontrar escritores, participar de sessões de autógrafos, assistir a palestras e debates sobre os mais variados temas literários. Há também atividades para crianças, o que torna a feira um evento familiar que promove a leitura entre todas as gerações.  

Visitar a Feira do Livro de Lisboa uma vez por ano é, para mim, um hábito do qual não abdico. A atmosfera vibrante da feira, com as suas barracas coloridas e o aroma de livros novos misturado com o verde do parque e o perfume dos jacarandás, cria um ambiente inspirador e acolhedor muito propício a um passeio. 

E a cada edição, a feira traz novas editoras, lançamentos exclusivos e uma programação cultural diversificada. É, também, uma oportunidade para descobrir novos autores, reencontrar velhos favoritos e, claro, refletir sobre o dilema dos "tantos livros, tão pouco tempo".

Em suma, a frase "tantos livros, tão pouco tempo" reflete bem a sensação que tenho em relação à Feira do Livro de Lisboa, especialmente porque só consigo visitá-la uma vez por ano. A cada edição, sinto que há uma infinidade de livros à espera para serem descobertos, mas o tempo limitado da minha visita deixa a vontade de explorar muito mais. 

E vocês, sentem o mesmo ao visitar a Feira do Livro de Lisboa apenas uma vez por ano? 




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